“O princípio era o verbo e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus”. Conjecturou-se em uma das mais belas criações já vistas pelos artistas do século XV. A literatura, artes e ciências faziam dos homens a promessa da Terra, o logos em pessoa. Os homens necessitavam de uma figura presente na organização da sociedade, de todos os títulos que se tinha, o Rei era um dos mais importantes. Eles eram soberanos inteligentes e poderosos que contribuíram para o desenvolvimento de seus reinos.
A soberania advém da sabedoria e da capacidade de atiçar a sede do saber dos peregrinos. Um reino do Norte da Europa. Nele havia um Rei que tinha muita garra e confiança nos seus súditos. A garra provinha do amor. O reino vivia em harmonia. Independentemente das funções realizadas o que importavam eram as pessoas. Ao observar o rei, até parecia que ele tinha governado os 3 primeiros dias da criação do Universo e da raça humana. Em leis da física, a inércia era desfavorável quando o mau estava por vir, era preciso paciência para manter o equilíbrio. Resguardar-se contra o pecado era ser paralelo a alguém que vez por outra tinha prestigio. Alguns burgueses almejavam por poder, queriam dominar o reino. Viraram mercenários, burlando a formula do amor. E venderam caro, sendo assim expulsos do reino. Após terem vagado pela escuridão, passaram a refletir e encontraram uma luz no fim do túnel. Sentiram vergonha, pois sentiam amor e não custou nenhum vintém. Foram readmitidos, todos mereciam a chance de estar em par com Deus novamente.
33 anos após o marco zero, a humanidade presenciou, gravou e perpetuou a cruz sendo erguida ao nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O maior Rei já visto, enganado por um dos seus homens de direita, perdoou o beijo, depois de ter manifestado o cálice. Esse Rei deu o seu suor, a sua lágrima, o seu sangue, a sua vida para salvar os homens. Até parecia os 5 pontos da estrela de Davi refletindo a regeneração da alma dos homens, querendo perpetuar a fé e o perdão por todos os milênios que há de vir.
Os reis ficariam marcados na alma da História, pois sabiam que durante os 7 dias da semana praticariam ao menos uma bondade ao dia. Para isso, era preciso ter a alma de um gigante, um olhar que age como circumponto, a sabedoria de um coringa, o equilíbrio, praticar as 7 virtudes, ser imparcial. Cravaram nos túmulos da lembrança sua história, conquistas, derrotas e recompensas.
Um rei em curto-circuito sabe a hora que deve se levantar e subir novamente todos os degraus que forem necessários, plantando sementes da promessa em cada coração que puder tocar. De um núcleo para todas as ramificações. De uma dimensão para todas possíveis. De si para toda a humanidade.
I Relatório de bibliotecária da XXVII Gestão administrativa.
Bárbara Menezes - Bibliotecária
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